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Inicialmente os citologistas, desconhecendo a constante actividade molecular da célula e impressionados pelos óbvios movimentos da divisão celular, denominavam intérfase toda a parte do ciclo celular que não incluía a divisão. O termo intérfase reflecte a ideia que se trata de um estádio entre duas divisões celulares. Contudo, tal não é correcto, porque durante a intérfase, a célula realiza todas as suas actividades e prepara-se para a divisão. O termo mais correcto para esta fase talvez devesse ser fase metabólica ou fase de crescimento.
Além das actividades para a sobrevivência vital, na intérfase a célula prepara-se para a próxima divisão. A intérfase é subdividida em três sub-fases: G1, S e G2.
Durante G1, a primeira parte da intérfase, as células são metabolicamente activas, rapidamente sintetizam proteínas e crescem vigorosamente. Esta é a fase mais variável em termos de duração. Células com alta taxa de divisão apresentam uma fase G1 com a duração de algumas horas enquanto nas que têm uma taxa de divisão baixa esta fase pode demorar dias ou alguns anos.
No decorrer da fase G1, as actividades que ocorrem nas células não estão directamente relacionadas com a divisão celular, mas no fim desta fase, os centríolos replicam preparando-se para o seu papel na divisão celular. Durante a fase seguinte, a fase S (síntese), o ADN replica assegurando que as duas futuras células recebam cópias iguais do material genético e novas histonas são fabricadas e associadas à cromatina. A fase final da intérfase G2 é muito rápida. Durante este período, são sintetizadas enzimas e outras proteínas necessárias para o processo de divisão. Durante as fases S e G2 a célula continua a crescer e a realizar as suas actividades normais.
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